A Tabela Periódica do BIM é uma ferramenta útil para orientar você nas etapas necessárias para uma implementação bem-sucedida do BIM em seus projetos.
Ela se baseia na tabela periódica de elementos químicos e apresenta todos os principais elementos do BIM em uma referência visual simples e prática – ideal para imprimir ou compartilhar. Nossa Tabela Periódica do BIM é uma tradução da versão original encontrada na NBS (National BIM Library).
Para saber mais sobre cada elemento, acesse os links e leia as descrições detalhadas que aparecem ao clicar neles.
Estratégia
Fundação
Colaboração
Processo
Pessoas
Tecnologia
Padrões
Habilitando Ferramentas
Recursos
Plano de Trabalho Digital
BS – Estratégia BIM
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BIM Strategy
Para implementar com sucesso o BIM em um projeto, é fundamental ter uma estratégia bem definida. É preciso ter clareza sobre os objetivos a serem alcançados e compreender que apenas adotar e implementar o BIM não é suficiente. É necessário ter uma visão clara do sucesso desejado para entender o que será preciso para alcançá-lo. Uma boa maneira de desenvolver essa estratégia é começar com uma auditoria de negócios para avaliar a maturidade atual em relação ao BIM. Com um caso de negócios sólido em mãos, é possível avaliar as ferramentas que podem ser úteis e a melhor forma de implementar o software e a tecnologia. A partir disso, pode-se criar um Plano de Execução BIM (BEP), que atua como uma “declaração de método digital” definindo a abordagem acordada para a implementação BIM em todo o projeto, por toda a cadeia de suprimentos.
SU – Inquérito e Relatório
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Surveys and Reports
A implementação do BIM é um processo contínuo que envolve a adoção de novas tecnologias, metodologias e competências para melhorar o desempenho e a qualidade dos projetos de construção. Para facilitar essa transição, é importante contar com o apoio e a orientação de fontes confiáveis e atualizadas que possam oferecer informações, dicas e boas práticas sobre o BIM. Uma dessas fontes é a Plataforma BIMBR, uma iniciativa do governo brasileiro que visa disseminar o BIM no país por meio da Estratégia Nacional de Disseminação do BIM. A Plataforma BIMBR é um portal online que reúne conteúdos diversos sobre o BIM, como vídeos, artigos, pesquisas e relatórios, além de hospedar a Biblioteca Nacional BIM (BNBIM), um repositório de objetos e componentes BIM compatíveis com as normas e especificações do mercado brasileiro. A Plataforma BIMBR é um recurso valioso para todos os envolvidos na cadeia produtiva da construção civil, desde os gestores públicos até os profissionais da AEC. Por meio dela, é possível acessar informações relevantes e atualizadas sobre o BIM, aprender com as experiências e os desafios de outros profissionais e organizações que já adotaram o BIM, e utilizar objetos e componentes BIM de qualidade para desenvolver projetos mais eficientes e sustentáveis. Se você está interessado em conhecer mais sobre o BIM e como ele pode beneficiar o seu trabalho e o seu setor, visite a Plataforma BIMBR e aproveite os recursos disponíveis. Você também pode contribuir com a Plataforma BIMBR enviando seus comentários, sugestões e conteúdos sobre o BIM. Assim, você estará participando da comunidade global de BIM e colaborando para a evolução do BIM no Brasil.
FR – Estrutura
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Framework
O Framework (Estrutura) são essenciais para estabelecer sistemas que permitam uma comunicação eficaz, uma troca de informações precisa e uma transferência de dados rápida. Esses sistemas são chamados de frameworks e são o ponto de partida para desenvolver processos BIM avançados.
A informação é gerada desde o início de um projeto e se atualiza constantemente ao longo do ciclo de vida do ativo construído. As informações e trocas digitais seguem o fluxo do projeto – desde o briefing e o design, passando pela construção e chegando ao gerenciamento das instalações. Criar e gerenciar informações de forma eficiente assegura que as equipes envolvidas no projeto, na regulamentação, na construção e no fornecimento possam colaborar de forma eficiente, utilizando informações bem organizadas e integradas.
CB – Cultura e Comportamento
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Culture and Behaviour
Uma forma de aprimorar o seu trabalho com o BIM é colaborar de forma mais eficaz e produtiva com os seus parceiros e colegas. Assim, você pode aproveitar as informações integradas que são essenciais para o seu projeto BIM.
Para implementar o BIM com sucesso, você precisa lidar com as mudanças que ele implica e compreender a cultura e o comportamento existentes na sua organização e na sua rede. Não é fácil mudar uma cultura consolidada – você terá que convencer e motivar as pessoas envolvidas e isso pode exigir uma combinação de habilidade e argumentação. Além disso, você deve estar preparado para enfrentar alguns desafios, pois os recursos podem ser realocados de um setor para outro – por isso, seja realista. Uma boa estratégia é começar pelas áreas onde pequenas mudanças podem gerar grandes benefícios.
BT – Kit de Ferramentas BIM
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BIM Toolkit
Os projetos de construção civil envolvem uma grande quantidade de informações que devem ser gerenciadas de forma eficiente e integrada. Para isso, a Modelagem de Informações da Construção (BIM) é uma metodologia que permite criar e manipular modelos digitais tridimensionais de um edifício ou infraestrutura, contendo dados sobre seu desempenho, custo, cronograma e sustentabilidade.
Para facilitar a implantação e o uso do BIM nos projetos, a Plataforma BIM BR oferece uma série de kits de ferramentas que orientam os profissionais envolvidos em todas as fases do ciclo de vida do ativo. Entre eles, destacam-se os “Guias para o Processo de Projeto BIM”, que abordam desde a contratação até a entrega dos produtos BIM, passando pela coordenação e desenvolvimento dos modelos.
Os kits de ferramentas são recursos valiosos para garantir a qualidade, a consistência e a interoperabilidade das informações BIM, bem como para atender aos requisitos normativos e legais do setor. Eles ajudam a criar uma variedade de documentações gráficas, não gráficas e associadas ao projeto, que podem ser usadas e consultadas por todos os participantes ao longo da vida útil do ativo.
LOD – Nível de Detalhemento
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Levels Of Detail
O LOD BIM é uma ferramenta essencial para o gerenciamento de projetos baseados em modelos tridimensionais. Ele permite que os profissionais envolvidos no projeto possam definir e controlar o nível de desenvolvimento dos elementos do modelo em cada etapa do processo.
Com sua composição de seis níveis, que vão do LOD 100 ao LOD 500. Cada nível representa um grau de confiabilidade e precisão das informações contidas no elemento do modelo. Quanto maior o nível, maior o nível de desenvolvimento e detalhamento do elemento.
Com objetivo de ajuda a evitar inconsistências, retrabalhos e desperdícios nos projetos, pois garante que todos os participantes tenham acesso às informações adequadas no momento certo. Além disso, o LOD BIM facilita a integração e a colaboração entre as diferentes disciplinas do projeto, pois permite que os modelos sejam compatibilizados e coordenados de forma eficiente.
O LOD BIM é uma prática recomendada pelas normas internacionais de BIM, como a ISO 19650 e a PAS 1192. Ele também é adotado por diversos países e organizações que utilizam o BIM como metodologia de trabalho. Para assim contribui para a melhoria da qualidade, da produtividade e da sustentabilidade dos projetos de construção civil.
Veja mais detalhes em nosso vídeo: O que é LOD
LOI – Nível de Informação
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Levels Of Information
O Level of Information (LOI), que em português significa nível de informação, define o conteúdo informativo de um objeto BIM em um projeto específico. Na prática, ele representa as propriedades de um objeto BIM (dimensões, especificações técnicas dos materiais, instalação ou os custos do elemento construtivo considerado). Já o LOD, o nível geral de detalhamento de um projeto (Level of Development), é determinado pela combinação das características geométricas (LOG) e de informação (LOI) de um modelo 3D BIM: LOD = LOG + LOI O LOI (Level of Information) é a parte não visível e não geométrica de um modelo BIM, que contém as informações e dados técnicos de um modelo. O LOG (Level of Geometry) é o aspecto externo de um modelo, aquele que mostra o nível de detalhe de sua configuração geométrica. Normalmente, o LOD e o LOG (nível de informação e nível de detalhe da geometria) crescem conforme o projeto avança. No entanto, pode haver grandes diferenças entre LOI e LOG, pois um componente pode ter uma informação bem definida e aprofundada mas uma representação geométrica ainda não detalhada, ou vice-versa.
VI – Vídeos
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Videos
Pode ser difícil de acreditar, mas existem vídeos disponíveis online que não apresentam hilaridade focada em felinos. Sites de compartilhamento de vídeo como o YouTube também estão repletos de uma variedade de vídeos instrutivos que abrangem praticamente tudo o que você deseja saber mais – e o BIM não é exceção. Uma pesquisa on-line deve apontar para uma riqueza de material – tanto em formato longo quanto em ‘snackable’, que mostram e informam sobre tudo o que é BIM. Se você quer aprender mais sobre o BIM e como aplicá-lo aos seus projetos, não deixe de acompanhar o canal da HR Compacta no YouTube. Lá você encontra diversos vídeos de tutorial de FreeCAD BIM, um software livre e de código aberto que permite criar modelos 3D paramétricos e gerenciar informações de construção. Além disso, você também pode acessar materiais exclusivos que ajudam a esclarecer mais sobre o conceito, os benefícios e os desafios do BIM. Não perca essa oportunidade de se atualizar e se capacitar com a HR Compacta, a sua referência em BIM.
CO – Métodos Comuns
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Common Methods
O BIM (Modelagem da Informação da Construção) é uma metodologia que utiliza ferramentas, tecnologias e contratos para criar e gerir modelos digitais das características físicas e funcionais de edificações. Esses modelos permitem o compartilhamento de dados estruturados entre as partes interessadas ao longo da cadeia de suprimentos, mas isso requer o uso de padrões comuns. A buildingSMART é a principal organização que se dedica a definir e fornecer esses padrões para o setor de construção. Entre eles, destacam-se os IDM – Manuais de Entrega de Informações ISO/FDIS 29481-1:2010 e IFD – Dicionário de Estrutura Internacional ISO 12006-3:2007, que auxiliam na formalização da troca de informações e na padronização da terminologia, respectivamente.
PO – Processo
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Process
BIM é mais do que um modelo tridimensional de CAD – é uma metodologia que envolve diversas ferramentas, tecnologias e contratos para criar e gerenciar informações sobre as características físicas e funcionais de uma construção. O método BIM pode ser visto como uma entidade dinâmica, que pode evoluir e se aprimorar ao longo do ciclo de vida do projeto e ser consultada, modificada, segmentada e integrada várias vezes. Entender o método que você aplica em projetos atuais vai ajudar você a compreender como um método BIM pode influenciar. Também vai auxiliar você a decidir se deve incorporar o BIM aos seus fluxos de trabalho existentes ou aproveitar a oportunidade para desenvolver um método totalmente novo para entrega de projetos com colaboração, coordenação e confiança em seu núcleo.
AS – Avaliação e Necessidade
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Assessment and Need
Uma etapa fundamental para o sucesso do seu projeto BIM é a avaliação e análise de necessidades, que consiste em verificar e complementar as informações contidas no Modelo de Informação de Ativos (AIM) existente. Essa etapa permite identificar as lacunas, inconsistências e oportunidades de melhoria no AIM, bem como definir os requisitos e objetivos do projeto BIM. A avaliação e análise de necessidades também ajuda a alinhar as expectativas e responsabilidades dos envolvidos no projeto BIM, garantindo uma maior eficiência e qualidade na entrega do produto final.
EIR – Requisitos de Informações dos Empreendimentos
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Employers Information Requirements
Para o desenvolvimento do projeto, os empregadores devem definir as informações que os fornecedores devem entregar e os critérios e métodos que devem seguir. Esse documento é conhecido como Requisitos de Informações dos Empregadores (EIR) e é baseado nos Requisitos de Informações Organizacionais (OIR) e nos Requisitos de Informações de Ativos (AIR). Além disso, as Perguntas de Linguagem Simples (PLQs) também ajudam a elaborar o EIR e determinam o Modelo de Informações do Projeto (PIM). A norma PAS 1192 estabelece um conteúdo mínimo para o EIR, que inclui aspectos de gestão de informações, gestão comercial e avaliação de competências .
CM – Comunicação
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Communication
Para implementar o BIM com sucesso, você precisa de uma equipe engajada e qualificada, que se comunique e colabore efetivamente. Antes de iniciar o projeto, verifique se você conta com os profissionais adequados (e se eles estarão disponíveis para você e seu projeto) para definir o investimento e os prazos das mudanças. O seu trabalho em Estratégia BIM (BS) e Processo (Po) terá orientado o seu plano de execução BIM (Bep), que deve esclarecer o que, como e quando você precisa comunicar aos envolvidos no projeto. A comunicação eficaz requer que você transmita a informação certa, para as pessoas certas, no momento certo, para que ela seja compreendida e aplicada. Além de considerar seus contratados e clientes como parte do fluxo de trabalho do projeto, lembre-se também da sua equipe (e talvez dos seus contratados e clientes) ao planejar o que você precisa compartilhar na jornada que você vai realizar.
IN – Investimentos
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Investment
O BIM não se resume a adquirir os recursos tecnológicos adequados – software, hardware, infraestrutura/armazenamento e capacitação. É preciso considerar também o impacto financeiro de manter os processos tradicionais enquanto se adota uma nova metodologia de trabalho, bem como a alocação de recursos humanos qualificados. Para planejar sua estratégia BIM, é fundamental ter uma visão realista do investimento necessário em cada etapa do processo. Talvez seja preciso contratar mais pessoal ou terceirizar serviços, o que implica em custos adicionais. Avalie com cuidado os benefícios e os desafios de uma implementação gradual do BIM e quais são as demandas de tempo e dinheiro para cada fase.
SF – Software
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Software
Ao decidir quais softwares e plataformas usar, não se limite às opiniões e experiências anteriores de sua equipe de projeto imediata. Os fornecedores de software e tecnologia, sem dúvida, terão algo a dizer quando se trata de recursos, integrações e histórias de sucesso, mas também converse com outras práticas para ver o que estão usando e aprender com suas jornadas de implementação. Entenda o que vem “pronto para uso” e o que leva mais tempo, habilidade e know-how personalizado para implementar!
Certifique-se de levar em consideração os sistemas com os quais você está trabalhando atualmente ao escolher novas opções – embora a substituição completa seja uma abordagem, pode não ser necessariamente a correta – aproveitando os pontos fortes de uma infinidade de sistemas ou combinando com as práticas de trabalho existentes em vários pontos podem valer a pena.
Uma vez decidido, certifique-se dos roteiros de desenvolvimento do software que você usará. Se um novo lançamento resolver algumas frustrações, pode valer a pena esperar alguns meses, alternativamente, se uma quantidade desconhecida estiver chegando, talvez seja sensato atrasar um lançamento?
Além disso, considere também a possibilidade de usar softwares livres como FreeCAD Workbench BIM e Blender BIM para profissionais que buscam montar um ecossistema open source de projeto. Esses softwares permitem a criação de modelos BIM paramétricos e a importação e exportação de arquivos IFC, além de contar com recursos de renderização, documentação e análise. Eles são gratuitos e de código aberto, o que significa que você pode baixar, modificar e compartilhar esses softwares sem custos adicionais . Usando softwares livres, você pode ter mais liberdade, flexibilidade e colaboração em seus projetos BIM.
CD – Fase de Entrega de Capital
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Capital Delivery Phase
PAS 1192-2:2013 é uma norma para o gerenciamento de informações na fase de capital/entrega de projetos de construção usando BIM, baseada no código de prática existente para a produção colaborativa de informações de arquitetura, engenharia e construção, estabelecido na BS 1192:2007. Essa norma define como os dados gráficos, dados não gráficos e documentos, que formam o modelo de informação do projeto (PIM), são gerados e compartilhados pelas atividades de projeto e construção.
CL – Relações Comerciais
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Collaborative Business Relationships
A ABNT NBR 15965 é uma norma brasileira que orienta como estabelecer e manter relações comerciais colaborativas. Ela ajuda a evitar os problemas comuns de falta de comunicação, definindo papéis e responsabilidades claros e facilitando a tomada de decisões conjuntas – tornando suas parcerias mais vantajosas para o seu negócio.
A ABNT NBR 15965-2 é um guia para implementar a ABNT NBR 15965-1, que estabelece uma estrutura para relações comerciais colaborativas. Ela se aplica a qualquer organização, de qualquer tamanho ou setor, que se beneficie de colaborações comerciais, especialmente em contratos de longo prazo.
Outras informações podem ser encontradas na ABNT NBR 15965:2011 (Sistema de classificação da informação da construção. Terminologia).
LI – Objetivos de Biblioteca
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Library Objects
Bibliotecas em projetos BIM são conjuntos de objetos e componentes digitais que representam elementos construtivos da realidade, com informações paramétricas e semânticas associadas. Elas permitem a modelagem e a simulação de ambientes virtuais para diversos fins, como análise de desempenho, compatibilização, orçamentação, planejamento e gestão da obra. Um exemplo de aplicação das bibliotecas BIM é a verificação da adequação dos espaços e dos móveis às normas de acessibilidade para pessoas com deficiência que usam cadeira de rodas, garantindo o conforto e a segurança dos usuários finais .
CS – Classificação
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Classification
A NBR 15965 é uma norma brasileira que apresenta um sistema de classificação das informações com o objetivo de padronizar a nomenclatura utilizada nos processos de BIM (Building Information Modeling) em todo o país. Essa norma é composta por sete partes: Terminologia e Estrutura; Características dos objetos da Construção; Processos da Construção; Recursos da Construção; Resultados da Construção; Unidades e espaços da Construção; Informação da Construção.
A primeira parte, Terminologia e Estrutura, define os termos e conceitos utilizados na norma e estabelece a estrutura do sistema de classificação. A segunda parte, Características dos objetos da Construção, trata das características físicas e funcionais dos objetos que compõem uma construção. A terceira parte, Processos da Construção, aborda os processos envolvidos na construção, desde o planejamento até a entrega do empreendimento. A quarta parte, Recursos da Construção, trata dos recursos necessários para a realização de uma construção, incluindo materiais, equipamentos e mão de obra. A quinta parte, Resultados da Construção, aborda os resultados esperados de uma construção, incluindo desempenho, qualidade e sustentabilidade. A sexta parte, Unidades e espaços da Construção, trata das unidades e espaços que compõem uma construção. Por fim, a sétima parte, Informação da Construção, aborda a gestão das informações relacionadas à construção.
A NBR 15965 é importante porque padroniza os códigos e termos utilizados nos projetos de BIM em todo o país. Isso possibilita que diversas equipes trabalhem no mesmo modelo de forma simultânea e coordenada. Além disso, a norma facilita a comunicação entre as equipes envolvidas no projeto e ajuda a evitar problemas comuns de falta de comunicação.
AN – Ferramentas de Análise
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Analysis Tools
Para aproveitar ao máximo o processo BIM, é essencial compreender os dados digitais que você tem em mãos e o que eles significam. As ferramentas de análise BIM possibilitam que você faça diferentes tipos de análises no planejamento e na execução de um ativo em diversas etapas da sua vida útil.
Por exemplo, no começo do projeto, um modelo energético pode ajudar a definir a orientação, a forma e os níveis de ocupação e as demandas energéticas do ativo. Mais adiante, podem ser relevantes aspectos como o desempenho térmico, o fluxo de ar, a iluminação e a circulação de pedestres.
Existem várias ferramentas de análise disponíveis – algumas independentes e outras que se conectam com outro software.
EV – Eventos
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Events
Os eventos e feiras da construção civil são oportunidades únicas para se atualizar sobre as tendências e inovações do setor, além de ampliar o network e gerar novos negócios. Participar desses eventos permite conhecer as melhores práticas e soluções para os desafios da construção, como sustentabilidade, produtividade, qualidade e segurança. Além disso, é possível trocar experiências e conhecimentos com profissionais renomados e especialistas em diversas áreas, como arquitetura, engenharia, gestão, tecnologia e BIM.
Um exemplo de evento que aborda o BIM como parte de um objetivo mais amplo é o Minascon 2022, que teve como tema “Construções verdes e cidades inteligentes” . O evento reunirá palestras e painéis temáticos sobre sustentabilidade, futuro e tecnologia, com as principais referências do mercado. O Minascon também contou com uma feira de imóveis com condições exclusivas, um balcão de negócios e concursos e desafios para estimular a criatividade e a inovação dos participantes.
Outro exemplo de evento que tem ênfase total no BIM é a FEICON 2023, que é o maior evento de construção civil e arquitetura da América Latina . A FEICON oferece conteúdo técnico de alta qualidade o ano todo, e inspira milhares de profissionais que buscam soluções para aumentar a eficiência dessa indústria. A FEICON também constrói conexões para impulsionar negócios e apresenta as principais inovações do setor, incluindo o BIM.
Outro grande destaque está também no evento “BIM Fórum Conference” que é organizado pelos profissionais do BIM Fórum Brasil, com objetivo de reunir diversos profissionais em palestras debatendo temas como as exigências BIM da Lei Nº 14.133, BIM para infraestrutura, certificação profissional e a Norma ISO 19650, dentre muitos outros.
Portanto, participar de eventos e feiras da construção civil é uma forma de se manter atualizado, capacitado e competitivo no mercado, além de criar oportunidades de crescimento profissional e empresarial.
PR – Rota de Aquisição
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Procurement Route
Para que o BIM seja bem aplicado, é necessário definir um quadro contratual que crie as condições favoráveis para o seu uso. A Estratégia BIM BR do Governo Federal Brasileiro aponta que a contratação é um fator essencial para o sucesso do BIM. É importante que a comunicação seja efetiva não só entre o cliente e o contratante principal, mas também entre os subcontratados. Além disso, é preciso estabelecer como serão tratados aspectos como o gerenciamento de modelos, os direitos de propriedade intelectual e o gerenciamento de dados, as responsabilidades por erros (levando em conta a confiança nos dados fornecidos), as responsabilidades e a propriedade do processo e do gerenciamento de riscos.
FO – Formas de Contratação
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Forms of Procurement
Para que um projeto seja bem-sucedido, é essencial definir uma estratégia de colaboração desde o início, mesmo que alguns aspectos só sejam esclarecidos nas fases finais. Essa orientação deve partir do cliente (e de seus assessores) e influenciar a escolha da modalidade de contratação (Pr), o tipo de contrato e a elaboração dos documentos de licitação. A Estratégia BIM BR sugere modalidades de contratação integradas, como projeto e construção, contratação em horário nobre ou parceria público-privada. A parceria (ou aliança) também pode ser uma opção, especialmente em contratos de grande porte, longa duração ou alto risco.
EX – Execução
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Execution
Antes de iniciar um projeto de construção, especialmente se for grande ou complexo com muitos colaboradores, é essencial criar um documento que defina os papéis e expectativas dos participantes do projeto. Esse documento é o Plano de Execução BIM (BEP – BIM Execution Plan), que abrange todos os aspectos do projeto.
O BEP é importante porque facilita a conexão e a atualização dos stakeholders sobre os desafios ou mudanças que ocorrem durante o projeto. Com um BEP, todos sabem quais são suas responsabilidades e como se comunicar em tempo real, o que ajuda a manter a sincronia e o cumprimento dos prazos. Além disso, um plano bem elaborado evita que detalhes sejam esquecidos ou que surjam ordens de mudança de última hora que causem atrasos.
Um BEP completo é uma ferramenta eficaz de responsabilização do projeto que mantém o progresso nas diferentes fases de planejamento e construção. Um projeto bem coordenado depende de um BEP bem estruturado.
BEP – Plano de Execução BIM
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BIM Execution Plan
O Plano de Execução BIM (BEP – BIM Execution Plan) é um documento abrangente que ajuda os participantes do projeto a avançar com papéis e expectativas claras. É um elemento essencial a ser criado antes de iniciar qualquer projeto de construção, especialmente para aqueles que são grandes ou complexos com muitos colaboradores.
O BEP é importante porque mantém todos os stakeholders conectados e atualizados sobre quaisquer desafios ou mudanças ao longo do caminho. Através de papéis, responsabilidades e comunicação em tempo real claros, um BEP mantém todos em sincronia enquanto garante que a construção permaneça no caminho certo. Isso é vital ao aderir a cronogramas apertados.Um plano cuidadoso também garante que os detalhes não caiam nas brechas ou se tornem ordens de mudança de última hora que causem atrasos.
Um BEP completo é uma ferramenta poderosa de responsabilidade do projeto que mantém o trabalho avançando durante as várias fases de planejamento e construção. Um projeto bem coordenado começa com um BEP bem elaborado.
SO – Habilidades Interpessoais
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Soft Skills
Os atributos pessoais que permitem a alguém interagir de forma eficaz e harmoniosa com os outros, são facilmente ignorados, mas valem a pena considerar ao montar sua equipe de projeto e aqueles que atuarão como defensores. As pessoas certas estão nos cargos certos e elas têm as características que você precisa, não apenas hoje, mas em direção às etapas finais do seu programa de implementação do BIM? Como o BIM coloca a colaboração em primeiro plano, você precisa de jogadores de equipe que sejam bons em comunicação, tomada de decisão, flexibilidade adequada e solução criativa de problemas individualmente e em equipe.
CH – Processo de Mudança
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Change Process
A sua abordagem para levar a sua organização de onde ela está agora para onde você quer que ela esteja requer um processo de gestão da mudança. Pense no seu motivo para mudar e na sua capacidade de mudança, mas não negligencie o próprio processo de mudança. Como você vai superar a bagagem que as pessoas têm atualmente, seja por falta de gestão da mudança, falta de treinamento ou medo de que os resultados sejam de baixa qualidade ou causem problemas? Você vai promover a mudança de uma só vez, ela vai coexistir com o “negócio como de costume”, haverá marcos importantes? O que as pessoas podem esperar ao longo do processo?
HA – Hardware
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Hardware
Ligado de perto às decisões que você provavelmente vai tomar sobre o software, não se esqueça de considerar o impacto no hardware existente (ou o custo de comprar e instalar o novo). Pode ser tentador economizar algum dinheiro e se contentar com o que já tem, mas isso pode ser imprudente a longo prazo. Se optar pelo novo, normalmente “quanto maior, melhor” é a regra a seguir quando se trata de componentes de computador – seja a velocidade do processador, a quantidade de RAM, o tamanho ou a velocidade do disco rígido. Outra coisa a considerar é o potencial trazido pelas soluções de hospedagem e armazenamento em nuvem. Ao confiar em equipamentos externos para fazer o trabalho pesado e equipamentos mais moderados na base, está se tornando uma proposta mais realista e acessível para alguns.
OP – Fase Operacional
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Operational Phase
A fase operacional do BIM é o período em que um ativo está em uso e precisa ser gerenciado. A norma ISO 19650-3 estabelece os requisitos para o gerenciamento de informações usando o BIM durante a fase operacional da vida de um ativo1. Isso significa que é projetado para ser aplicado durante o período em que um ativo está em uso e quando um ativo precisa ser gerenciado mesmo que não esteja sendo usado, por exemplo, se estiver desativado. Os principais usuários da ISO 19650-3 são, portanto, esperados para serem gerentes de ativos e gerentes de instalações e as equipes e contratados que trabalham para eles. A norma também será útil para aqueles que entregam projetos de capital para projetar e construir novos ativos, pois ajudará a entender por que eles são solicitados a produzir informações operacionais como parte de seu trabalho
PT – Protocolo
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Protocol
A aplicação de um Protocolo BIM no Brasil é importante para promover a inovação na indústria da construção e difundir o uso do BIM (Building Information Modeling) no país. A Estratégia BIM BR, instituída pelo Decreto nº 9.377, de 17 de maio de 2018, tem como finalidade promover um ambiente adequado ao investimento em BIM e sua difusão no Brasil. O BIM é o conjunto de tecnologias e processos integrados que permite a criação, a utilização e a atualização de modelos digitais de uma construção, de modo colaborativo, de forma a servir a todos os participantes do empreendimento, potencialmente durante todo o ciclo de vida da construção. Sua utilização eleva o nível de confiabilidade dos projetos e processos de planejamento e controle de obras, gerando aumento da produtividade e economicidade, além de resultar em diminuição de custos e de riscos relacionados a construção de edificações e infraestrutura. A definição de uma estratégia nacional busca garantir institucionalidade ao tema e harmonizar as ações de agentes públicos e privados na disseminação deste modelo no território brasileiro. Dessa forma, espera-se ganhos em economicidade e qualidade nas obras brasileiras, inclusive as públicas, e um substancial aumento da produtividade da construção civil, tornando-a mais competitiva e eficiente.
PE – Questionários de Pré-Qualificação
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Prequalification questionnaires
Um questionário de pré-qualificação é uma ferramenta essencial para encontrar fornecedores que possam atender aos contratos e, ao mesmo tempo, cumprir todas as normas de conformidade. As respostas a essas perguntas específicas do setor permitem determinar quais fornecedores atendem aos critérios do comprador. A partir daí, é possível refinar a pesquisa com recursos adicionais, como filtros, classificações e comentários sobre desempenho. A pré-qualificação pode ser parcial ou total, contendo alguns ou todos os requisitos de habilitação. Ela garante a igualdade de condições entre os concorrentes e torna o processo de contratação mais ágil, uma vez que a avaliação dos requisitos é feita antecipadamente. A pré-qualificação também pode ser feita sem a perspectiva de uma contratação, apenas para formar um cadastro de fornecedores qualificados para obras futuras.
CAFM – Instalações Assistidas
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Computer-Aided Facilities Management
Um dos benefícios do BIM é que ele estimula uma abordagem de ciclo de vida para os projetos de construção e deve fornecer uma grande quantidade de dados que podem ser repassados aos responsáveis pela gestão de instalações. Uma ferramenta de software CAFM normalmente oferece a capacidade de gerenciar, relatar, rastrear e planejar as funções das instalações. Isso permite que uma equipe de instalações garanta que os ativos da organização sejam totalmente utilizados com o menor custo possível, bem como o gerenciamento operacional e estratégico do edifício. Os sistemas CAFM podem incluir (ou se conectar com) sistemas CAD, Modelos BIM e Sistemas de Gerenciamento de Manutenção Computadorizada (CMMS).
CT – Ferramenta de Custo
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Cost Tools
As plataformas que permitem aplicar a metodologia BIM podem quantificar itens, áreas, superfícies e volumes do ativo de forma automática e gerar uma planilha, mas não conseguem estimar o custo. Para medir e estimar as quantidades, são usadas ferramentas que se conectam às ferramentas de criação de BIM através de plug-ins. Esses plug-ins exportam as informações do BIM para uma ferramenta que mede as quantidades usando os dados geométricos 3D. A medida das quantidades se atualiza automaticamente quando o modelo base muda com o trabalho da equipe do projeto e isso ajuda a fazer a estimativa de custo.
FU – Fórum e Grupos
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Forums and User Groups
Os profissionais da área de BIM se comunicam e trocam experiências por meio de diversos espaços presenciais e online, formando grupos de interesse – onde podem discutir temas, pontos de vista e perspectivas, frequentemente relacionados a assuntos muito especializados.
CA – Capacidade e Habilidade
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Capability and capacity
Para adotar o BIM na sua organização, você precisa de habilidades e qualidades específicas. Algumas delas podem ser adquiridas ou aprimoradas com treinamento e aprendizado, mas outras podem exigir a contratação ou a terceirização de profissionais qualificados. O BIM é um processo holístico de criação e gerenciamento de informações para um recurso construído, baseado em um modelo inteligente e habilitado por uma plataforma na nuvem. Assim como o Bep (Plano de Execução BIM) mostra a capacidade de um projeto, você também precisa demonstrar que tem capacidade para entregar o que é necessário com o BIM. Além disso, você precisa planejar e gerenciar cuidadosamente como manter os “negócios como sempre” durante a implementação de qualquer forma de programa de mudança.
DT – Ferramentas Digitais
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Digital Tools
BIM (Modelagem de Informação da Construção) é um processo que envolve a criação e o gerenciamento de informações de um recurso construído ao longo de seu ciclo de vida. Para isso, utiliza-se um modelo inteligente que integra dados de diferentes disciplinas e fontes. Um modelo BIM não se limita a informações geométricas, mas também inclui aspectos como desempenho ambiental, dados de fabricantes, custos, cronogramas e muito mais. Portanto, um modelo BIM é apenas uma parte do BIM. Como não existe uma única ferramenta que abranja todas as informações necessárias, é preciso definir quais ferramentas serão usadas para cada tarefa e como os dados serão compartilhados entre elas.
DE – Entrega
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Delivery
A norma ABNT NBR ISO 19650 estabelece os padrões internacionais para a organização e digitalização de informações sobre edifícios e obras de engenharia civil, incluindo a modelagem de informações da construção (BIM). Ela visa facilitar o trabalho colaborativo entre as partes envolvidas no projeto e na construção, definindo as responsabilidades e os requisitos para a gestão da informação usando BIM. Na fase de projeto e construção, o modelo de informações do projeto (PIM) evolui de um modelo de intenção de projeto para um modelo de entrega de ativos, passando pelos fornecedores de design, construção e sua cadeia de suprimentos. A norma é composta por seis partes, sendo que as partes 1 e 2 foram traduzidas e adotadas pela ABNT em 2022 .
MIDP – Plano de entrega de Informação
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Master Information Delivery Plan
O Plano Mestre de Entrega de Informações (Midp) é o documento que orienta a produção das informações do projeto (na perspectiva do fornecedor) de acordo com os requisitos de informações do empregador Eir. Esse plano segue as diretrizes da NBR ISO 19650, que estabelece os princípios para a gestão da informação em projetos de construção. O Midp define quais são as entregas, quando elas devem ser feitas, por quem e seguindo quais protocolos e procedimentos em cada etapa do projeto. As entregas podem ser modelos, desenhos ou imagens, especificações, equipamentos, cronogramas, planilhas de dados de sala ou outros documentos. Todas as entregas devem ter um controle de alteração de versão para garantir a rastreabilidade e a qualidade das informações.
CP – Cooperação
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Cooperation
Para que uma mudança ocorra, é preciso haver cooperação entre os envolvidos. Isso inclui a equipe interna e os parceiros externos, como órgãos, organizações e fornecedores. Além disso, pode ser necessário estabelecer novas formas de cooperação com clientes e contratados, como parte do novo fluxo de trabalho de projeto, para garantir um modelo BIM de qualidade e resultados finais eficazes.
SH – Compartilhe o Sucesso
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Share Success
O processo de mudança exige esforço e pode trazer desafios esperados ou inesperados. Por isso, é essencial celebrar as conquistas para manter o ânimo elevado e também evidenciar os benefícios parciais e finais que vão surgindo ao longo do caminho. Seus apoiadores serão fundamentais para transmitir essas mensagens em toda a sua organização – para os públicos adequados, nos momentos oportunos, de forma eficaz. Dedique-se a compreender (e criar mecanismos de retorno da equipe) como as novas práticas de trabalho estão fazendo a diferença. Amplie sua visão além de seu próprio ambiente – suas histórias de sucesso poderiam integrar seus planos de marketing para clientes ou consumidores? Outras instituições se interessariam em saber mais sobre o que você realizou e como?
TR – Formação
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Training
Para usar um software novo ou diferente, você pode precisar de treinamento. Você pode aproveitar o conhecimento dos seus especialistas internos ou contratar serviços externos de acordo com o seu nível e objetivo de aprendizagem. O importante é que todos entendam o papel do software nos processos e resultados do seu trabalho. Mas lembre-se: o software é apenas uma parte do BIM. Você também precisa explicar para as pessoas o que é BIM, como ele pode ajudar e como ele muda a forma de trabalhar. Assim, você cria uma cultura de inovação e colaboração. Além disso, não se esqueça de desenvolver as habilidades de comunicação e relacionamento da sua equipe.
FM – Gestão de Instalações
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Facilities Management
A gestão de instalações é uma atividade que visa otimizar o desempenho, a segurança e a sustentabilidade das edificações ao longo de seu ciclo de vida. Para isso, é preciso planejar, projetar, construir e operar as instalações de forma integrada e eficiente, considerando as necessidades dos usuários, os custos de manutenção e os impactos ambientais. Uma das ferramentas que pode auxiliar na gestão de instalações é o BIM (Building Information Modeling), que consiste em um processo de criação e gerenciamento de informações sobre um recurso construído, baseado em um modelo inteligente e multidimensional. O BIM permite simular e analisar as características físicas e funcionais dos componentes da edificação, bem como integrar dados estruturados e multidisciplinares em uma plataforma na nuvem. O BIM pode ser aplicado na gestão de instalações voltada para a construção civil em diversas etapas do projeto, desde a concepção até a manutenção pós-entrega. Por meio do BIM, é possível:
- Melhorar a coordenação e a comunicação entre os envolvidos no projeto, reduzindo erros, retrabalhos e desperdícios;
- Aumentar a qualidade e a precisão dos projetos, facilitando a visualização e a validação das soluções propostas;
- Otimizar o planejamento e o controle dos recursos, prazos e custos da obra, antecipando possíveis problemas e riscos;
- Aumentar a eficiência energética e a sustentabilidade das edificações, avaliando o desempenho térmico, acústico e luminoso dos ambientes;
- Facilitar a operação e a manutenção das instalações, fornecendo informações atualizadas e confiáveis sobre os sistemas e equipamentos.
QMS – Gestão de Qualidade
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Quality Management Systems
A Gestão de Qualidade na construção civil é um conjunto de práticas que visam garantir a conformidade dos processos e produtos com os requisitos e normas técnicas, bem como a satisfação dos clientes e demais partes interessadas. Uma das ferramentas que pode auxiliar na Gestão de Qualidade é o BIM (Building Information Modeling), que significa Modelagem de Informação da Construção. O BIM é uma tecnologia que permite a criação de modelos virtuais tridimensionais de uma obra, integrando dados estruturados e multidisciplinares de todas as fases do ciclo de vida do empreendimento, desde o planejamento e o projeto até a construção e as operações. O BIM facilita a visualização, a análise, a coordenação, a comunicação e a colaboração entre os envolvidos no projeto, reduzindo erros, retrabalhos, desperdícios e custos. Ao aplicar o BIM na construção civil, é possível melhorar a Gestão de Qualidade em diversos aspectos, tais como:
- Planejamento: o BIM permite simular cenários, avaliar alternativas, estimar custos e prazos, definir escopo e cronograma, identificar riscos e oportunidades, alinhar expectativas e objetivos.
- Projeto: o BIM possibilita integrar diferentes disciplinas (arquitetura, engenharia, instalações, etc.), verificar compatibilidades, detectar interferências, validar requisitos, otimizar soluções, gerar documentação.
- Construção: o BIM facilita o controle de materiais, equipamentos e mão de obra, o monitoramento do andamento da obra, a verificação da qualidade dos serviços executados, a gestão de mudanças e não conformidades, a rastreabilidade das informações.
- Operação: o BIM auxilia na manutenção preventiva e corretiva dos sistemas prediais, na gestão de ativos e patrimônio, na avaliação do desempenho e da sustentabilidade da edificação, na garantia da segurança e do conforto dos usuários.
BSDD – Dicionário de Dados
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BuildingSMART Data Dictionary
Este documento apresenta um padrão para criar e organizar dicionários de dados sobre obras de construção, independentemente da linguagem usada. Ele define uma estrutura comum que pode relacionar sistemas de classificação, modelos de informação, modelos de objetos e modelos de processos. Um exemplo de aplicação desse padrão é o dicionário de dados buildingSMART, uma iniciativa da buildingSMART para promover os padrões openBIM. O dicionário de dados buildingSMART é uma coleção de objetos e seus atributos, com definições padronizadas e universais. Por exemplo, uma “porta” tem o mesmo significado na Islândia e na Índia. Além disso, o dicionário de dados buildingSMART mostra como os objetos se relacionam entre si e quais são as suas propriedades, trazendo mais eficiência para o processo de construção.
PG – Ferramenta do Programa
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Programme Tools
As ferramentas de programas como FreeCAD, Revit e Archicad são essenciais para a elaboração de projetos em BIM (Building Information Modeling), que é uma metodologia que integra informações de diversas disciplinas em um modelo tridimensional inteligente. Com esses programas, é possível criar, editar, analisar e gerenciar os dados do projeto de forma integrada e colaborativa, aumentando a qualidade, a produtividade e a eficiência do processo. Alguns dos benefícios das ferramentas de programas para BIM são:
- Permite a visualização tridimensional do projeto, facilitando a compreensão e a comunicação entre os envolvidos;
- Possibilita a detecção e a correção de interferências entre as disciplinas, evitando retrabalhos e desperdícios;
- Gera automaticamente as documentações gráficas e técnicas do projeto, como plantas, cortes, elevações, detalhes e quantitativos;
- Permite a simulação e a análise de diversos aspectos do projeto, como desempenho energético, acústico, térmico, estrutural e de sustentabilidade;
- Facilita a coordenação e o gerenciamento do projeto ao longo de todo o seu ciclo de vida, desde a concepção até a operação e manutenção.
AD – Ferramentas de Administração
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Administration Tools
Não é preciso usar somente ferramentas específicas do BIM. Os arquivos digitais comuns no dia a dia do escritório também podem ser úteis nos projetos BIM. Desde documentos em PDF até planilhas e editores de texto, esses formatos podem complementar as informações em diferentes etapas do seu projeto e ser facilmente vinculados aos locais adequados. Há vários programas conhecidos que podem gerar esses tipos de arquivos, mas também existem opções gratuitas que podem exportar para esses formatos.
Sc – Redes Sociais
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Social Media
As redes sociais são uma ótima ferramenta para divulgar o uso adequado do BIM na construção civil. Por meio delas, é possível interagir com outros profissionais, trocar experiências, aprender novas técnicas e ficar por dentro das novidades. Além disso, as redes sociais permitem ampliar a visibilidade do seu trabalho e mostrar como o BIM pode trazer benefícios para os projetos. Portanto, não deixe de participar das comunidades BIM no Facebook, Twitter e LinkedIn e compartilhar seus conhecimentos e dúvidas com seus colegas.
ST – Normas e Interoperabilidade
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Standardisation and Interoperability
O BIM é um método de construção que envolve múltiplas trocas de dados entre os participantes de um projeto, desde o planejamento até a operação. Para que essas trocas sejam eficientes e confiáveis, é preciso seguir padrões que definam os requisitos mínimos de qualidade e compatibilidade das informações. Assim, os fornecedores e consumidores dos produtos podem se beneficiar de um melhor desempenho ao longo do ciclo de vida do edifício. Além disso, é importante que as informações sejam interoperáveis, ou seja, que possam ser usadas por diferentes membros da equipe do projeto sem problemas de formato ou compatibilidade.
MA – Manutenção e Utilização
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Maintenance and Use
O Modelo de Informação do Ativo (MIA) é um conjunto de dados e informações provenientes de diversas fontes que apoia o gerenciamento contínuo de um ativo construído. O MIA é usado pelos clientes, usuários finais e gestores de instalações nas fases de operação e uso do ativo. Ele pode se referir a um único ativo, a um sistema de ativos ou ao portfólio completo de ativos de uma organização.
CDE – Ambiente Comum de Dados
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Common Data Environment
Um Ambiente Comum de Dados (CDE) é um repositório digital que armazena, gerencia e distribui todas as informações de um mesmo projeto para equipes multidisciplinares, de forma a otimizar a comunicação e facilitar o trabalho colaborativo. O CDE pode ser implementado de várias maneiras diferentes, como um servidor de projeto, uma extranet ou um sistema de recuperação baseado em arquivos. O CDE pode integrar não apenas os modelos geométricos, mas também informações mais amplas do projeto, como documentação, registros e cronogramas.
CI – Campeão
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Champion
Para se comunicar de forma eficaz e facilitar o progresso, crie uma rede de amigos críticos nos locais adequados em toda a sua organização que possam apoiá-lo. Esses defensores devem conhecer seu processo e procedimento atual e ser capazes de servir como um canal para questões de feedback e preocupações em nível operacional. Conforme você observa os benefícios da mudança em sua organização, pode começar a pensar em como pode envolver clientes e fornecedores em sua jornada.
AV – Disponibilidade
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Availability
Você tem como meta entregar seu projeto BIM até o fim do ano? Você conta com uma equipe disponível e capacitada para executar as diversas etapas do seu plano? Você consegue lidar com três grandes demandas em novembro, sem comprometer seu tempo e sua atenção? Você precisa avaliar se o seu prazo é realista. Se você também está envolvido em um projeto de TI que vai exigir toda a equipe técnica, você terá condições de instalar o novo software e a infraestrutura necessários para o seu projeto?
FI – Armazenamento de Arquivos
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File Storage
Ao implementar plataformas e software e seus respectivos processos, você deve saber melhor que tipo de arquivos vai produzir para cada projeto. Há um equilíbrio delicado entre liberar sistemas e armazenamento para facilitar a colaboração e, ao mesmo tempo, assegurar que a segurança esteja bem protegida para evitar o risco de dano – intencional ou não. Como a quantidade de dados digitais que você cria vai aumentar, pense na sua estratégia de prevenção de falhas e backup desde o começo. Como e quando os dados serão replicados ou capturados e onde serão guardados? Pense também na sua estratégia para formatos de arquivo e convenções de nomes para permitir que seus sistemas identifiquem e antecipem facilmente o que é o que e garantir que eles possam usá-los nos momentos adequados de um projeto.
DG – Segurança Digital
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Digital Security
Segurança digital é o conjunto de medidas e práticas que visam proteger os dados e as informações de um projeto BIM (Building Information Modeling) contra ameaças externas ou internas. A segurança digital é importante para garantir a confidencialidade, a integridade e a disponibilidade dos dados, bem como para evitar perdas, danos ou violações que possam comprometer o desempenho, a qualidade e a conformidade do projeto. Alguns exemplos de medidas de segurança digital são: uso de senhas fortes e criptografia, controle de acesso e permissões, backup e armazenamento em nuvem, atualização de softwares e antivírus, e conscientização dos usuários sobre os riscos e as boas práticas.
DS – Sistema de Gestão de Projeto
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Design Management Systems
O objetivo da norma é orientar os profissionais envolvidos no processo de projeto de construção em todas as suas etapas, desde a concepção até a operação. As normas definem os princípios que devem nortear o gerenciamento de projeto baseado em BIM, visando aumentar a eficiência e a qualidade dos resultados. Além disso, a norma oferece uma referência comum para a elaboração dos protocolos específicos de cada empresa e de cada projeto que utilizam BIM.
IFC – Troca de Dados e Arquivos
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Industry Foundation Classes
O IFC é um sistema de classificação da informação do projeto, que segue um esquema que permite o intercâmbio de dados de forma segura e em formato não proprietário. O IFC é desenvolvido pela buildingSMART e é reconhecido como um padrão internacional (ISO 16739-1:2018) para o compartilhamento de informações de edificações e construções entre diferentes plataformas, dispositivos e softwares O IFC define as regras (a especificação do modelo) para identificar, descrever, relacionar e atribuir propriedades aos objetos e conceitos do ambiente construído, como componentes físicos, modelos de análise, custos, cronogramas, pessoas, processos e muito mais. Vale destacar que o IFC é orientado a dados, mas também pode ser considerado orientado a objetos. Ele define um conjunto de classes de objetos que representam elementos do projeto, como paredes, pisos, portas, janelas, etc. Essas classes de objetos possuem atributos que armazenam informações sobre as propriedades desses elementos, como dimensões, materiais, desempenho, entre outros. O IFC não é controlado por um fornecedor ou grupo de fornecedores e pode ser codificado em vários formatos, como XML, JSON e STEP, desde que estejam em conformidade com o esquema. O IFC também fornece ‘definições de visualização do modelo’ para determinar quais informações são trocadas para um determinado propósito ou uso.
AU – Ferramenta de Criação
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Authoring Tools
As ferramentas de autoria BIM permitem criar e gerenciar dados de projeto para diferentes finalidades. Elas são usadas por profissionais como: projetistas, equipes de modelagem 3D a partir de desenhos 2D e subcontratados. Existem ferramentas de autoria BIM que atendem a diversas áreas da construção civil (arquitetura, estrutura e instalações, por exemplo), mas também há ferramentas específicas para cada disciplina. As ferramentas de autoria BIM usam gráficos e informações paramétricos, ou seja, que podem ser alterados conforme o projeto evolui. Essas ferramentas são úteis desde a concepção até a documentação da obra. Alguns dos principais fornecedores dessas ferramentas são: Autodesk, Graphisoft, Bentley e Tekla – cada uma tem suas características próprias, mas funcionam de forma parecida. Na hora de escolher uma ferramenta de autoria BIM, é importante considerar a compatibilidade com outras ferramentas e as que são usadas pelos demais envolvidos no projeto – algumas ferramentas podem não ter essa capacidade, como a de importar e exportar dados no formato IFC (Industry Foundation Classes).
MO – Verificadores de Modelo
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Model Viewers and Checkers
Existem muitas ferramentas de colaboração e gerenciamento de construção que têm visualizadores de modelo integrados. No entanto, como há diversos softwares que podem criar modelos e como a colaboração é essencial, a maioria dos provedores de software disponibiliza visualizadores ou verificadores que permitem que os colaboradores da cadeia de suprimentos acessem arquivos nos formatos originais sem perder a fidelidade que pode ocorrer ao exportar para um padrão aberto. Vários desses visualizadores e verificadores são gratuitos, com algumas versões pagas oferecendo recursos extras, como verificação de modelo para detecção de conflito baseada em regras e validação e conformidade de todos os objetos no modelo.
BL – Postagem de Blogs
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Blog Post
Se você quer se manter atualizado sobre BIM, uma boa ideia é acompanhar os blogs que falam sobre esse tema. Neles, você pode encontrar postagens que comentam as novidades, os eventos e as exposições relacionados a BIM, além de opiniões e análises de especialistas. Assim, você pode escolher o conteúdo que mais te interessa e aprender mais sobre BIM. Para te ajudar nessa busca, nós separamos alguns blogs que valem a pena conferir. São empresas e indivíduos que compartilham seus conhecimentos e experiências sobre BIM. Mas não se limite a esses: há muitos outros blogs que você pode descobrir na aba “Insigth” do nosso site. Lá, você também encontra artigos, vídeos e podcasts sobre BIM e outros assuntos relevantes para o seu trabalho.
DPOW – Plano de Obras Digitais
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Digital Plan of Work
O Plano de Obras Digital (DPoW – Digital Plan of Work) é um documento que define quais são as entregas do projeto, em que momento elas devem ser feitas e qual é o grau de detalhamento/definição exigido para cada uma delas. O DPoW envolve todos os fornecedores/disciplinas que participam do projeto e estabelece as expectativas do empregador sobre o resultado final.
IF – Intercâmbio de Informação
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Information Exchange
Intercâmbio de Informações (In) é o processo de compartilhar e gerenciar dados estruturados e multidisciplinares de um projeto em diferentes estágios predefinidos, usando um formato padrão e universal. O In permite a colaboração eficaz entre os profissionais envolvidos no projeto, reduzindo erros, custos e tempo. O formato mais usado para o In é o IFC (Industry Foundation Classes), que contém as informações do modelo informativo do projeto, desde o planejamento até a manutenção.
SP – Suporte
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Support
Para implementar uma mudança bem-sucedida em sua organização, você precisa planejar com antecedência o tipo de suporte que você precisará e quando. Você pode precisar de mais pessoas para ajudá-lo a executar as tarefas necessárias, ou de uma melhor compreensão de uma tecnologia que você vai usar. Você também pode precisar dos ouvidos de um determinado especialista que possa orientá-lo ou validar suas decisões. Pense cuidadosamente sobre o que você precisa para promover a mudança e se o que você precisa provavelmente estará disponível no momento certo. Não caia na tentação de trazer suporte externo em vários estágios para permitir “negócios como sempre”, pois isso pode ter o efeito adverso de significar que seus especialistas não podem moldar os processos com eficiência, armazenando problemas no futuro que levarão mais tempo para serem resolvidos. Em vez disso, envolva seus especialistas desde o início e dê-lhes autonomia para criar soluções adequadas à sua realidade.
EN – Contratar
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Engage
O envolvimento das partes interessadas é uma parte essencial do gerenciamento de projetos. Para se envolver com as pessoas certas dentro e fora da sua organização, você deve seguir alguns passos:
- Identifique quem são as partes interessadas do seu projeto e qual é o seu nível de interesse e influência.
- Defina os objetivos e expectativas de cada parte interessada e como eles se alinham com os objetivos do projeto.
- Estabeleça uma estratégia de comunicação adequada para cada parte interessada, considerando a frequência, o formato e o conteúdo das mensagens.
- Monitore e avalie o envolvimento das partes interessadas ao longo do ciclo de vida do projeto, buscando feedback e ajustando a estratégia conforme necessário.
IR – Infraestrutura
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Infrastructure
A infraestrutura é essencial para o sucesso do seu fluxo de trabalho BIM, pois permite a integração e a colaboração entre diferentes sistemas e saídas. Você deve avaliar cuidadosamente as necessidades e os requisitos do seu projeto em termos de software, hardware e segurança, e escolher as soluções mais adequadas para cada etapa do processo. Além disso, você deve monitorar e testar regularmente a sua infraestrutura para identificar e resolver quaisquer problemas ou vulnerabilidades que possam afetar o desempenho ou a qualidade do seu trabalho BIM.
BR – Briefing
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Briefing
O briefing para projeto e construção visa envolver o operador e a equipe de operações e sua cadeia de suprimentos desde o início e, em seguida, estender esse envolvimento desde a entrega até as operações e períodos definidos de pós atendimento. O briefing é um documento que detalha as necessidades, objetivos e expectativas do cliente para um projeto de arquitetura. É um conjunto de informações sobre a edificação a ser projetada, como ela será usada e para qual finalidade ela será construída. O briefing serve para eliminar ruídos na comunicação, facilitar a execução da obra, evitar desperdício de recursos e garantir a qualidade do projeto. O briefing deve ser elaborado a partir de uma conversa entre a equipe de engenharia e o cliente, onde são feitas muitas perguntas sobre o escopo, as condições do terreno, a legislação vigente e as preferências do cliente. O briefing deve ser atualizado sempre que houver mudanças no projeto ou no contexto.
AM – Gestão de Ativos
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Asset Management
Para implementar com sucesso o BIM em um projeto, é fundamental ter uma estratégia bem definida. É preciso ter clareza sobre os objetivos a serem alcançados e compreender que apenas adotar e implementar o BIM não é suficiente. É necessário ter uma visão clara do sucesso desejado para entender o que será preciso para alcançá-lo.
IDM – Manual de Entrega de Informações
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Information Delivery Manual
Um manual de entrega de informações (IDM) é um documento que especifica uma metodologia e formato para o desenvolvimento de um projeto de construção baseado em BIM (Building Information Modeling). O IDM:
- Define os objetivos e requisitos de informação de cada etapa do projeto, desde a concepção até a operação e manutenção.
- Estabelece os papéis e responsabilidades dos envolvidos no projeto, bem como as formas de comunicação e coordenação entre eles.
- Determina os padrões e protocolos para a criação, troca e armazenamento de informações digitais, garantindo a interoperabilidade e a qualidade dos dados.
- Orienta a elaboração de um plano de execução BIM (PEB), que detalha como o IDM será implementado na prática.
SE – Ferramentas de Especificação
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Specification Tools
O CDE é uma plataforma digital que reúne todas as informações relevantes sobre um projeto de construção, desde a concepção até a operação. Ele permite que os diferentes participantes do projeto compartilhem, visualizem e analisem os dados de forma integrada e colaborativa. Para garantir a qualidade e a consistência dos dados não gráficos, é importante usar ferramentas de especificação adequadas em cada fase do projeto. Essas ferramentas permitem definir os requisitos, atributos e desempenhos dos elementos construtivos, bem como gerenciar as mudanças e atualizações. As ferramentas de especificação mais avançadas se integram com as ferramentas de autoria BIM, facilitando a coordenação entre o design e a especificação. Elas também permitem exportar os dados não gráficos em diferentes formatos e padrões, como XML ou COBie, para atender às necessidades dos clientes e das partes interessadas.
FL – Compartilhamento e Colaboração
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File Sharing and Collaboration
O Common Data Environment (CDE) é um ambiente digital que armazena, gerencia e distribui todas as informações de um projeto para as equipes multidisciplinares envolvidas. O CDE faz parte do fluxo de trabalho do Building Information Modeling (BIM), que visa otimizar a comunicação e o trabalho colaborativo na construção civil. O CDE permite que os usuários acessem e compartilhem uma ampla gama de informações, como contratos, cronogramas, especificações, relatórios e informações do modelo, por meio de aplicativos na nuvem que podem ser usados em diferentes dispositivos. O CDE também oferece recursos de rastreabilidade, controle de acesso e organização das informações em quatro fases: trabalho em progresso, compartilhado, publicado e arquivado. Existem várias plataformas que suportam o trabalho dentro de um CDE, como Trimble Conect, BimSync, BIM 360, ProjectSight, Aconex, Dalux, Project Wise, entre outras.
BO – Livros
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Books
Uma forma de se manter atualizado sobre as tendências e os avanços do BIM é ler livros que abordam o tema de diferentes perspectivas e profundidades. Neste texto, apresentamos uma lista de livros indicados para quem quer aprender mais sobre BIM, desde os conceitos básicos até as aplicações práticas em projetos reais. Os livros são: 1º CADERNO TÉCNICO ASBEA-RS: VOLUME DOIS-MIGRAÇÃO BIM: Este caderno técnico apresenta um roteiro para a migração do processo tradicional de projeto para o BIM, abordando os aspectos técnicos, gerenciais e jurídicos envolvidos na mudança. O caderno também traz casos de sucesso de escritórios que adotaram o BIM em seus projetos. 2º GUIA ASBEA – FASCÍCULO 1 – BOA PRATICAS EM BIM: Este guia é o primeiro de uma série que visa orientar os profissionais de arquitetura e urbanismo sobre as boas práticas em BIM, desde a concepção até a entrega do projeto. O guia aborda temas como a definição do escopo do projeto, a modelagem 3D, a coordenação multidisciplinar e a compatibilização dos modelos. 3º GUIA ASBEA – FASCÍCULO 2 – BOA PRATICAS EM BIM: Este guia é o segundo da série e complementa o primeiro, abrangendo temas como a gestão da informação, a extração de quantitativos, a análise de desempenho e a simulação de cenários. O guia também apresenta exemplos de projetos que utilizaram o BIM para otimizar seus resultados. 4º MANUAL DE BIM: BÍBLIA DO BIM: Este manual é considerado uma referência obrigatória para quem quer se aprofundar no BIM, pois aborda todos os aspectos teóricos e práticos do método. O manual explica o que é o BIM, quais são os seus benefícios, como implementá-lo em diferentes fases do ciclo de vida do projeto e como gerenciar os dados gerados pelo BIM. 5º CADERNO BIM GOVERNO DE SANTA CATARINA: Este caderno é um documento elaborado pelo governo do estado de Santa Catarina para orientar os órgãos públicos sobre o uso do BIM em seus projetos. O caderno apresenta as diretrizes, os requisitos e os procedimentos para a adoção do BIM nas contratações públicas de obras e serviços de engenharia. 6º GERENCIAMENTO E COORDENAÇÃO DE PROJETOS BIM (2º edição) – SERGIO LEUSIN: Este livro é um dos mais completos sobre o tema do gerenciamento e da coordenação de projetos BIM, abrangendo desde os conceitos fundamentais até as ferramentas e as técnicas mais avançadas. O livro também traz casos reais de projetos que utilizaram o BIM para melhorar a qualidade, a produtividade e a sustentabilidade das obras.
Etapas do Plano de Trabalho Digital
SR – Estratégia
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Strategy
O dPoW é um documento que define os requisitos de informação e os padrões de qualidade para cada fase de um projeto de construção. Ele ajuda a alinhar as expectativas dos clientes e dos fornecedores, e a facilitar a troca de dados entre as partes envolvidas. O dPoW é baseado no Business Case e no Brief Estratégico do cliente, e serve como base para o Brief Inicial do Projeto, que especifica os objetivos, o escopo e os critérios de sucesso do projeto.
BI – Apresentação
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Brief
O Brief Inicial do Projeto é um documento que define os objetivos, o escopo, o orçamento e o cronograma do projeto. Ele serve como base para o desenvolvimento do Projeto de Conceito Inicial, que é uma proposta preliminar de como o projeto será realizado. O Projeto de Conceito Inicial deve considerar as estratégias de projeto que orientam as decisões de design, como a sustentabilidade, a acessibilidade e a segurança. O Resumo Final do Projeto é uma versão atualizada e refinada do Brief Inicial do Projeto, que reflete as alterações e os feedbacks ocorridos durante a fase de Conceito. Ele é entregue junto com o Projeto de Conceito Inicial ao final desta etapa.
DF – Definição
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Definition
O Concept Design é uma etapa importante do processo de design arquitetônico, pois define as ideias e os conceitos que orientam o desenvolvimento do projeto. Nessa fase, os projetistas centrais trabalham em conjunto com os clientes e os consultores para elaborar soluções que atendam aos requisitos funcionais, estéticos e ambientais do projeto. O Concept Design também envolve a análise de aspectos como a viabilidade técnica, a sustentabilidade, a segurança e o orçamento do projeto. Os projetistas centrais utilizam ferramentas como esboços, maquetes, modelos 3D e simulações para comunicar suas propostas e obter feedback. O Concept Design é finalizado quando os exercícios de coordenação espacial são concluídos, ou seja, quando as dimensões, as formas e as posições dos elementos do projeto são definidas e compatibilizadas. Isso inclui informações de custos e estratégias de projeto de acordo com o Programa de Design, que é o documento que estabelece os objetivos, o escopo e o cronograma do projeto.
DN – Design
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Design
O Projeto Técnico é a fase final do processo de planejamento de um projeto, que envolve a definição detalhada de todos os elementos necessários para a sua execução. Nesta etapa, são elaborados os desenhos, especificações, planilhas, cronogramas e orçamentos do projeto, bem como os documentos legais e contratuais.
O Projeto Técnico é elaborado de acordo com a Matriz de Responsabilidade do Projeto, que estabelece as atribuições e responsabilidades de cada parte envolvida no projeto, como o contratante, o contratado, o gerente de projeto, os consultores, os fornecedores e os subcontratados. Ao final desta etapa, todos os aspectos do projeto estarão concluídos, com exceção de pequenas dúvidas decorrentes do local durante a fase de construção. Em muitos projetos, o trabalho de Design e Construção/Comissionamento ocorre simultaneamente, particularmente os aspectos de design do subcontratado especializado. Neste caso, o Projeto Técnico deve ser atualizado constantemente para incorporar as alterações e ajustes necessários ao longo da obra.
BU – Construir e Comissionar
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Build and Commission
Nesta fase, a empreitada é executada no local de acordo com o Programa de Construção. A estratégia de aquisição e/ou Cronograma de Serviços terá definido as funções do projetista para responder às Consultas de Projeto do site. Isso significa que o projetista deve fornecer informações técnicas, esclarecimentos e soluções para os problemas que possam surgir durante a execução da obra. O projetista também deve acompanhar o progresso da obra e verificar se a qualidade e o desempenho estão de acordo com o projeto. O projetista deve manter uma comunicação efetiva com o empreiteiro, o cliente e os demais envolvidos no projeto.
HN – Entrega e Encerramento
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Handover and Closeout
Nesta etapa do projeto, a equipe de projeto deve garantir que a construção ou edifício seja entregue conforme o planejado, atendendo aos requisitos de qualidade, custo e tempo. A equipe de projeto deve acompanhar o andamento das obras, resolver eventuais problemas ou conflitos, gerenciar as mudanças e os riscos, e comunicar-se com os stakeholders. Além disso, a equipe de projeto deve preparar a documentação final do projeto, como relatórios, certificados, garantias e manuais. A equipe de projeto deve também encerrar o contrato de construção, liberando as retenções, pagando as contas e fazendo as avaliações de desempenho dos fornecedores.
OE – Operação
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Operation
Os estágios de operação e fim de vida são importantes para garantir que o projeto atenda aos objetivos estabelecidos na fase de planejamento. A avaliação pós-ocupação consiste em coletar e analisar dados sobre o desempenho do projeto em termos de funcionalidade, conforto, sustentabilidade, custo-benefício e satisfação dos usuários. A revisão do desempenho do projeto envolve a comparação dos resultados obtidos com as metas definidas e a identificação de pontos fortes e fracos, oportunidades de melhoria e lições aprendidas. As outras funções em uso podem incluir a manutenção, a operação, a adaptação e a reutilização do projeto, conforme especificado no cronograma de serviços. Essas funções devem ser realizadas de forma a preservar a qualidade e a integridade do projeto, bem como minimizar os impactos ambientais e sociais negativos.
ED – Fim da Vida Útil
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End of Life
Os estágios de operação e fim de vida são partes importantes do ciclo de vida de um software. Eles envolvem a avaliação pós-ocupação e revisão do desempenho do projeto, bem como outras funções em uso, conforme detalhado no cronograma de serviços. Esses estágios permitem que os desenvolvedores monitorem e melhorem os serviços e os processos para manter a entrega de valor ao cliente. Além disso, eles possibilitam a identificação e correção de bugs, assim como a inovação e o desenvolvimento de novas funcionalidades. Os estágios de operação e fim de vida devem ser planejados e executados com base em modelos adequados ao tipo e ao objetivo do software.