Quando falamos de Interoperabilidade no #BIM, não é apenas referente em ter arquivos que possam ser abertos em outros softwares, juntamente incluímos a informação dos objetos do projeto. Ou seja, não basta ter um arquivo em #IFC somente, precisa seguir um padrão na classificação.
Quando falamos em classificação padrão de objetos ele não aborda apenas códigos, mas riqueza de detalhes que podem ir da fase atual do projeto, como também dos materiais ali incluídos em uma parede, por exemplo e até mesmo a classificação do ambiente.
E claro que esse tipo de comunicação por códigos, assim podemos chamar, ele gera uma confiabilidade em nosso projeto que nos entrega uma melhor acessibilidade e menos ruído. No figura acima retirado “Guia BIM 2 – Classificação da Informação no BIM” vimos o uso da NBR 15965 em prática no projeto. Claro que se nosso projeto envolve um time de profissionais internacionais, assim passa a ser adotado a Omniclass. Afinal vamos imaginar o seguinte cenário:
Dentro de um projeto temos mais 2 profissionais de fora do Brasil e ao enviar o arquivo há um erro e aparece um cubo simples dentro de um dos ambientes. Com isso os outros profissionais vão clicar no objeto e não entendem o que está escrito na descrição.
Vamos imaginar que esse cubo simples era uma peça de uma bacia sanitária, só aqui no Brasil damos até três nomes para o mesmo objeto como: bacia sanitária, vaso sanitário ou privada. E mesmo que adotemos a tradução para o inglês (idioma global) ela ainda pode gerar dúvidas entre a equipe que pode entender ser outro objeto.
Seguindo assim a comunicação fica falha, gerando um retrabalho ou até mesmo desvios nesta comunicação. Por isso há as tabelas de classificação padrão internacional: Omniclass; que nos apresenta 15 tabelas de classificação para diversos itens de um projeto.
É muito importante essa compreensão da comunicação em BIM em seus projetos, não basta apenas usar o IFC como a chave da comunicação, mas há de se compreender da necessidade “humana” dentro destes projetos para que a equipe envolvida possa ter um domínio mais adequada no projeto que está trabalhando.
Ao lado temos esse fluxograma, também tirado do Guia BIM 2, e que podemos ter uma visão ampla de que a classificação ela não é exclusiva de alguma etapa do projeto, mas há muitas categorias que necessitam de uma forma de se comunicar com os envolvidos do projeto. Ressalto que as tabelas de classificação na versão brasileira encontra-se nos sete cadernos da ABNT NBR 15965 já disponíveis.
Por experiência, é comum que esse tipo de comunicação por códigos seja ainda algo trabalhoso, mas é muito compreensível principalmente por se tratar de Brasil, onde temos um território continental e que cada região tem sua forma de nomear as coisas, então termos um padrão que facilita ainda mais essa nossa comunicação. Afinal depois de 2 anos em home office, podemos nos adaptar com esse sistema de trabalho e abrir as portas dos nossos escritórios que antes contratavam profissionais “regionais” para termos profissionais de Brasil inteiro sem comprometer a vida do profissional em se mudar de cidade ou estado.
Compartilhe esse artigo contando um pouco mais da sua experiência na adoção da classificação abordada pela NBR 15965 em seus projetos!!